Setembro amarelo a sua atitude pode salvar vidas!

A cada 46 minutos, um brasileiro tira a sua própria vida. São cerca de 13 mil suicídios por ano no país. Dados do Governo Federal apontam que essa é a terceira causa de morte de jovens brasileiros entre 15 e 18 anos. E os números só aumentam ano após ano. Por isso, o Brasil desde 2014 adota o mês de setembro como uma data para falar sobre o suicídio e destacar a importância de trazer o tema para a sociedade. 

Entre as principais causas do suicídio está a transtornos mentais (como depressão) e o abuso de substâncias (como álcool, cigarro e/ou drogas). Outros fatores de risco estão ligados ao suicídio atuamente, como a impulsividade e a idade. Crianças e jovens têm aparecido cada vez mais nas estatísticas, preocupando autoridades de saúde. E independente da idade ou fatores de risco, o distanciamento social forçado pela pandemia acentuaram os alertas para a questão do suicídio. 

Prevenção no trabalho

Há maneiras diferentes de falar sobre o suicídio e discutir o tema para que as pessoas possam procurar ajuda. Uma delas pode ser realizada nas próprias empresas, trabalhando com os colaboradores. A dica é realizar palestras e/ou encontros para debater sobre saúde mental também no ambiente de trabalho. 

Em momentos como esses, é fundamental que o colaborador se sinta acolhido pela empresa e pelos colegas de trabalho. Se a empresa conta com psicólogos e/ou profissionais de saúde em seu quadro de colaboradores, pode-se também solicitar auxílio para elaborar cartilhas e materiais de ajuda e apoio. 

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) conta com materiais de apoio gratuitos para utilização em espaços públicos e privados, que além de orientar, ajudam a compreender a importância de se falar sobre o suicídio. Se sua empresa tem interesse, basta acessar o site (https://www.setembroamarelo.com/) e fazer o download gratuito dos conteúdos. 

Como procurar ajuda?

Se você conhece alguém que está com ideação suicida (comentários que demonstram manifestação e/ou idealização do suicídio, como: “eu não deveria ter nascido), com fatores estressantes crônicos e recentes (perda de alguém próximo, fim do casamento, etc.) ou então organizando detalhes e fazendo despedidas (deixando bilhetes, doação de posses, testamento, etc.), você precisa acolher essa pessoa imediatamente e procurar ajuda especializada. 

Hoje, há possibilidades de receber atendimento por telefone, e-mail ou whatsapp, por exemplo. O Centro de Valorização da Vida atua desde 1962 no Brasil, sendo uma associação civil sem fins lucrativos e que presta serviços gratuitos e apoio emocional de prevenção ao suicídio para quem precisar, sob sigilo e anonimato.  São mais de 3 mil ligações diárias, atendidas todos os dias da semana, 24 horas por dia, por cerca de 10 mil profissionais voluntários. 

A equipe multidisciplinar auxilia e combate o suicídio através do site https://www.cvv.org.br/ ou então do telefone 188. Também é possível conversar pelo chat ou receber acompanhamento pessoalmente, dependendo do local de residência. 

Você não está só e nem precisa ficar é o lema da campanha do setembro amarelo, mas que deve ser o tom do ano inteiro para todas as pessoas. Ajudar quem precisa pode ser determinante para salvar vidas de pessoas que estão ao seu redor. Por isso, preste atenção aos detalhes e procure ajuda sempre.